O impacto das baterias de Íons de lítio (BIL) em nossa vida diária é assombroso. Esse elemento aparentemente onipresente pode ser encontrado no interior de bilhões de dispositivos, desde equipamentos eletrônicos portáteis até automóveis.
Não é surpreendente que as forças que impulsionam esse movimento possam ser associadas ao nosso apetite por dispositivos de menor tamanho e maior durabilidade.
Porém, esses parâmetros de desempenho são suficientes para determinar o uso no mercado altamente exigente de data centers? As BIL têm condição de competir efetivamente contra as baterias de chumbo-ácido? Quais serial a real análise custo versus benefício? E, finalmente, há algum tipo de risco à segurança dos data centers, semelhantes aos riscos encontrados em alguns dispositivos eletrônicos utilizados por consumidores?
Nossa avaliação começa analisando a velha e boa bateria VRLA (de chumbo-ácido regulada por válvula), que tem sido a principal fonte de energia backup de curta duração para a indústria de data centers. Como muitos de nós sabemos, esses geradores de energia podem ter numerosas desvantagens, como peso, tamanho, vida útil e manutenção. Elas são conhecidas como o elo fraco da cadeia de energia.
Respectivamente, as baterias de íons de lítio oferecem importantes vantagens em relação às VRLA. As BILs podem conter mais energia em um espaço menor, economizando área utilizada. Elas duram significantemente mais e, por isso, não necessitam serem substituídas com tanta frequência. Além disso, a maioria é capaz de tolerar maiores temperaturas de operação e, ao mesmo tempo, exigir menos manutenção.
Por outro lado, quem está cotando uma planta com baterias de íons de lítio sabe que o capital requerido inicialmente é mais elevado, aproximadamente de 1,5 a 2 vezes maior. Porém, como ocorre em qualquer análise de Custo Total de Propriedade (CTP), após mais dados serem incluídos, o quadro pode parecer um pouco mais favorável. Economias operacionais aparecem devido à menor necessidade de serviço e manutenção. Além disso, a menor necessidade de área de piso e até mesmo a redução dos custos de refrigeração impactam positivamente a análise. O mais importante de tudo é que a maior vida útil reduz os custos de substituição e implica um provável payback entre 5 e 7 anos. Por isso, para quem vislumbra um o longo prazo, o retorno pode ser promissor.
Quanto à segurança, a primeira coisa a perceber é que as baterias de íons de lítio para data centers não são fabricadas da mesma maneira que as destinadas a dispositivos eletrônicos pequenos. Os fornecedores de BILs para data centers projetam e disponibilizam especificamente baterias para serviço pesado, fortes e encapsuladas, submetidas a muitos testes. As BILs usadas nesse ambiente são derivadas da indústria automotiva, na qual a segurança tem máxima importância.
Isso nos leva a uma pergunta fundamental: Qual é a e experiência prática que existe na integração de BILs a um sistema de no-break para suportar data centers? Você poderá ficar surpreso em saber que nós testamos, implementamos e damos suporte a soluções com baterias de íons de lítio desde 2011. Embora nossa equipe da região Ásia-Pacífico tenha sido uma líder nessa iniciativa, a nossa região América do Norte também instalou sistemas em clientes de “colocation” e empresariais. Todos eles testemunharam uma quantidade significante de horas de runtime com sucesso sem problemas.
Assim, nessa indústria de tecnologia em permanente evolução em que vivemos, as BILs receberão, merecidamente, cada vez mais atenção nos meses e anos que estão por vir. Enquanto nossos clientes de data centers e telecomunicações pesquisam, avaliam e testam o poder das baterias de íons de lítio em suas instalações, podem contar com o nosso suporte em cada passo que derem, visto que nossa capacitação e experiência vêm de longa data.
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